VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
A cada dois minutos quatro mulheres sofrem violência no Brasil. Destas, 27% dizem ter sido gravemente agredidas. Quase metade delas cita o ciúme como o estopim causador da agressão dentro de casa. Um quarto das mulheres alega não conseguir sair da relação abusiva por não ter condições financeiras de seguir a vida sozinha. Pior: 17% delas permanece com o companheiro por medo de ser morta. Estes e outros dados alarmantes sobre a situação da violência contra a mulher brasileira foram coletados na pesquisa Percepções sobre a Violência Doméstica Contra a Mulher no Brasil, do Instituto Avon/Ipsos.
A presidente mundial da Avon, Andrea Jung, apresentou os resultados do estudo ao lado da sociológa Fátima Jordão, do Instituto Patrícia Galvão; da ministra-chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes; e do presidente mundial da marca, Luís Felipe Miranda, em São Paulo. Maria da Penha Fernandes, que dá nome à lei contra a violência doméstica, também esteve presente no evento.A pesquisa também aborda especificamente o conhecimento dos entrevistados sobre a lei. Quase todos já ouviram falar da norma (94%), mas só 2% das pessoas sabem muito a respeito. "A lei não foi feita para punir os homens, mas sim para acabar com a violência contra as mulheres", disse Luis Felipe Miranda. As enquetes foram realizadas em 70 municípios brasileiros.
Além das perguntas feitas diretamente, um questionário foi entregue aos entrevistados, com garantia de confidencialidade e anonimato. Sabendo que não seriam identificadas, 15% das mulheres admitiram ter sido forçadas a manter relações sexuais, enquanto 15% dos homens confessaram já terem agredido gravemente sua companheira.
Apesar da Lei Maria da Penha, em vigor desde 2006, as mulheres ainda não se sentem confortáveis para denunciar o agressor. Falta apoio daqueles que têm obrigação de proteger. "Os policiais acabam considerando os crimes domésticos como de menor gravidade, dando dimensão maior aos delitos comuns", observa Fátima Jordão. Andrea Jung complementa: "São vistos até como 'normais', e por medo de retaliação - e até mesmo de serem mortas - as mulheres acabam não denunciando. O pior é que o risco é maior ainda quando a mulher permanece na mesma casa que o agressor".
A falta de apoio não vem só daqueles que não conhecem a mulher agredida. Somente 63% dos familiares e amigos fazem alguma coisa (como conversar ou acompanhar à delegacia) quando sabem da agressão. Entre os que não fazem nada, a justificativa mais comum é que não se deve interferir nessas situações. A mulher acaba se sentindo culpada pelo acontecido. "Em uma sociedade patriarcal, a mulher é criada para não ter autoestima. Fica mais difícil ainda denunciar", diz Fátima Jordão. Para a ministra Iriny Lopes, o cenário está mudando: "Com a Lei Maria da Penha estamos quebrando a ideia da naturalidade da violência contra a mulher". Andrea Jung concorda: "Quando as mulheres têm força e dignidade, o mundo se torna um lugar melhor".
Violência contra a mulher no Brasil- Seis em cada dez pessoas conhecem alguma mulher que sofreu violência doméstica.
- 50% das mulheres acreditam que o machismo é o grande causador das agressões.
- Alcoolismo (30%) fica em segundo lugar.
- 78% das mulheres que procuram ajuda se dirigem a uma Delegacia da Mulher
- 20% dos entrevistados aponta a preocupação com a criação dos filhos como justificativa
para continuar em uma relação abusiva.
Nádia Lapa 28/06/2011 Fonte:Site bolsa de mulher WWW.bolsademulher.com.br
A presidente mundial da Avon, Andrea Jung, apresentou os resultados do estudo ao lado da sociológa Fátima Jordão, do Instituto Patrícia Galvão; da ministra-chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes; e do presidente mundial da marca, Luís Felipe Miranda, em São Paulo. Maria da Penha Fernandes, que dá nome à lei contra a violência doméstica, também esteve presente no evento.A pesquisa também aborda especificamente o conhecimento dos entrevistados sobre a lei. Quase todos já ouviram falar da norma (94%), mas só 2% das pessoas sabem muito a respeito. "A lei não foi feita para punir os homens, mas sim para acabar com a violência contra as mulheres", disse Luis Felipe Miranda. As enquetes foram realizadas em 70 municípios brasileiros.
Além das perguntas feitas diretamente, um questionário foi entregue aos entrevistados, com garantia de confidencialidade e anonimato. Sabendo que não seriam identificadas, 15% das mulheres admitiram ter sido forçadas a manter relações sexuais, enquanto 15% dos homens confessaram já terem agredido gravemente sua companheira.
Apesar da Lei Maria da Penha, em vigor desde 2006, as mulheres ainda não se sentem confortáveis para denunciar o agressor. Falta apoio daqueles que têm obrigação de proteger. "Os policiais acabam considerando os crimes domésticos como de menor gravidade, dando dimensão maior aos delitos comuns", observa Fátima Jordão. Andrea Jung complementa: "São vistos até como 'normais', e por medo de retaliação - e até mesmo de serem mortas - as mulheres acabam não denunciando. O pior é que o risco é maior ainda quando a mulher permanece na mesma casa que o agressor".
A falta de apoio não vem só daqueles que não conhecem a mulher agredida. Somente 63% dos familiares e amigos fazem alguma coisa (como conversar ou acompanhar à delegacia) quando sabem da agressão. Entre os que não fazem nada, a justificativa mais comum é que não se deve interferir nessas situações. A mulher acaba se sentindo culpada pelo acontecido. "Em uma sociedade patriarcal, a mulher é criada para não ter autoestima. Fica mais difícil ainda denunciar", diz Fátima Jordão. Para a ministra Iriny Lopes, o cenário está mudando: "Com a Lei Maria da Penha estamos quebrando a ideia da naturalidade da violência contra a mulher". Andrea Jung concorda: "Quando as mulheres têm força e dignidade, o mundo se torna um lugar melhor".
Violência contra a mulher no Brasil- Seis em cada dez pessoas conhecem alguma mulher que sofreu violência doméstica.
- 50% das mulheres acreditam que o machismo é o grande causador das agressões.
- Alcoolismo (30%) fica em segundo lugar.
- 78% das mulheres que procuram ajuda se dirigem a uma Delegacia da Mulher
- 20% dos entrevistados aponta a preocupação com a criação dos filhos como justificativa
para continuar em uma relação abusiva.
Nádia Lapa 28/06/2011 Fonte:Site bolsa de mulher WWW.bolsademulher.com.br
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